domingo, 2 de agosto de 2009

Casa cheia no Montijo para a alternativa de Palha


O dia 31 de Julho de 2009, irá ficar na memória de muitos, mas será na mente do jovem Francisco Palha que esta data irá perdurar. Pois foi neste dia que recebeu das mãos de seu primo António Ribeiro Telles, a tão desejada alternativa, tendo ainda como testemunha o rejoneador Diego Ventura.
Numa noite amena e propicia a ir aos touros, os aficionados não quiseram perder a oportunidade de assistir à alternativa de Francisco, nem de assistir a mais uma actuação de Diego Ventura, preenchendo pró completo as bancadas da Monumental “Amadeu Augusto dos Santos”, no Montijo.
Depois da cerimónia de alternativa, abriu a noite Francisco Palha, que brindou a sua primeira lide como cavaleiro profissional ao seu pai. Foi uma lide séria e com o classicismo que lhe é característico. Deu primazia ao Passanha que teve por diante, ligando-se com ele e em sortes frontais cravou bons ferros, estas que foram bem preparadas e rematadas. Se na primeira lide as coisas correram de feição, na sua segunda lide as coisas não correram como se esperava. Começou com um comprido muito traseiro, mas ainda assim o novel cavaleiro não virou as costas á luta e realizou uma lide esforçada, fechando-a com ferros de violino. No final o cavaleiro não quis dar volta à arena num gesto de humildade que também lhe é característico.
António Ribeiro Telles, iniciou a sua noite com um touro que no momento da reunião se adiantava, o que dificultou o labor do ginete da torrinha. Começou um pouco irregular nos compridos, para nos curtos conseguir dar a volta ao Passanha cravando-lhe bons ferros em sortes frontais, preparados e rematados, terminando a lide num bom plano. Na segunda lide, António começou por receber o touro à porta gaiola, para lhe depois cravar dois compridos de boa nota à tira, nos curtos, continuou em bom plano, deixando a ferragem em sortes frontais.
Completava o cartel o rejoneador Diego Ventura, que veio ao Montijo fazer o publico levantar-se das bancadas. Começou por receber muito bem o seu primeiro touro, dobrando-se muito bem com ele, cravando-lhe de seguida dois compridos de boa nota. Nos curtos começou por cravar os ferros em sortes frontais, para depois ir buscar o “Morante” e começar o espectáculo de morder o touro, e que o “publico” tanto gosta, terminando a lide com dois ferros de palmo, numa lide que na nossa opinião foi prolongada de mais. Na segunda actuação, teve pela frente um touro mais reservado, obrigando Diego a uma lide mais séria, começou novamente por se dobrar muito bem com ele. Nos curtos Diego cravou a ferragem em sortes frontais, encurtando distâncias, terminando a lide com três ferros ao piton contrário de grande nível, mas o “publico” estava novamente à espera do “Morante”, sendo que Ventura deu por terminada a lide, e bem.
No que diz respeito às pegas a noite também poderia ter sido melhor. Pelos Amadores de Santarém, fora caras António Grave de Jesus, á primeira tentativa, João Gomes Vaz Freire, à Terceira e Gonçalo Veloso também á terceira.
Pelos Amadores de Alcochete, pegaram Rui Batista, à terceira, Rúben Duarte, à quarta e Vasco Pinto, à segunda.
Quanto aos touros de Passanha, saíram á arena bem apresentados e dando jogo desigual.
Esta corrida que foi de gala à antiga Portuguesa, foi dirigida pelo Sr. António dos Santos.
De salientar ainda que em praça esteve outro toureiro, de seu nome António Badajoz, este que foi homenageado pela empresa Aplaudir. E que bonito é vê-lo entrar na arena com pose de toureiro, pois uma vez toureiro, toureiro para sempre. Bem-haja maestro. Homenageada foi também a autarca do Montijo.

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