quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Amigos não pode continuar a "no passar nada"


Pois é...nós temos aqui vindo a alertar insistentemente para a questão das bandarilhas sem sistemas de protecção, que evitem ou pelo menos minimizem lesões graves aos intervenientes no espectáculo tauromáquico. Ao apreciarmos o que outros agentes da festa fazem sobre o tema, faz-nos sentir D. Quixotes a lutar contra os seus imaginários inimigos, Moinhos de Vento....Infelizmente o inimigo neste caso é real.
Se em Julho presenciamos as saídas da arena de bandarilha em riste cravada no braço e mão, de forcados dos Grupos de Cuba e Cascais, respectivamente. Já no passado fim-de-semana foi a vez de no dia 13, na última corrida das festas de Alcochete, o cabo dos AABV Alcochete, João Salvação ter uma bandarilha a provocar fractura do osso facial, com deslocamento do olho esquerdo e não sendo ainda possivel garantir por parte dos médicos, se algum dia recuperará a visão. Aí está aquilo que vínhamos temendo e aqui alertando, mais um forcado amador incapacitado em larga escala para sua vida futura, quando era possivel, muito provavelmente, evitá-lo ou minimizá-lo. E sabem que mais....no dia seguinte o Hospital de Beja, foi local para mais duas assistências dos Académicos de Elvas, cortados por bandarilhas na corrida dessa noite em Cabeça Gorda. No passa nada ....o taurino cala-se ( ainda numa transmissão televisiva posterior não foi feita qualquer referencia ao assunto, não é tema de importância a lesão grave de um forcado, se fosse um cavaleiro, matador, futebolista, etc...era motivo de toda e mais alguma discussão e sobretudo medida). Os próprios forcados nada fazem de contundente, o que é ainda mais atroz. Era simples, todos sabemos que o forcado é a base da corrida "À Portuguesa" e corridas sem forcados tem publico? Não! é Óbvio!
Então é simples: Sem Bandarilhas à Espanhola, no caso das curtas e com sistema anti resistencia nas compridas, não há pegas e ponto final, este é o caminho, não existe nesta fase outra hipótese.
Este não é um caso para a ANGF resolver, como muitos argumentam, porque os Grupos não Associados, não estão imunes ao flagelo, nem são só os forcados as vitimas.
Faz-nos confusão algo que do ponto de vista lógico não tem qualquer coerência....A maior parte dos espectáculos que são organizados em Portugal, tem antigos forcados e matadores de toiros e até bandarilheiros como empresários, estas classes são as principais vitimas das bandarilhas, alguns deles foram vitimas do problema, outros viram elementos que comandavam ou com quem se fardavam/toureavam sê-lo e....”no passa nada”.
Tentamos indagar junto de diversas entidades os porquês e as respostas foram na generalidade evasivas, sem grande nexo ou lógica, nunca foi possivel apurar uma ou mais causas, para o fenómeno.
Deixamos a questão em aberto desde já, para se alguém quiser contribuir de alguma forma para a discussão/esclarecimento/resolução do problema ou das questões aqui levantadas....Amigos não pode continuar a “no passar nada”!!!

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