
A já tradicional Corrida da Feira de S. Tiago em Vidigueira registou 2/3 de lotação preenchida. Num horário pouco usual, 19horas, mas que se revelou interessante na medida em que o publico acorreu e não tivesse sido excessiva duração do espectáculo 3 horas e 40 minutos ( muito por culpa da demora verificada nas preparações e actuações de fadistas ao intervalo, é bonita a ideia mas pouco prática) poderíamos dizer com maior certeza que é uma boa opção, especialmente em corridas associadas a festas e feiras tradicionais de Verão.
Os novilhos/toiros de S. Martinho estavam irrepreensivelmente bem apresentados, muito acima do que se vê sair em praças mais importantes em muitos espectáculos. Deram jogo desigual, foram cómodos os dois primeiros, mansos de solenidade os terceiro e quarto, voluntarioso o quinto e muito codicioso e encastado o último.
Antonio Telles teve uma tarde no seu timbre clássico e de toureiro. Tocou-lhe um primeiro cómodo ao qual deu lide apropriada, muito ligado a ele, entendeu-o na perfeição e deixou ferragem correcta em bom plano. O seu segundo, manso a procurar tábuas, exigiu oficio para a colocação da ferragem, muito labor de brega a tentar contrariar o oponente e para deixar a ferragem de forma aceitável, conseguiu lide importante, embora sem a espectacularidade que o publico mais valoriza, mas em que o oficio e a raça do da Torrinha ficaram bem patentes, sobretudo no magnifico sesgo com que entrou toiro dentro e disse ao S. Martinho que tinha ganho a luta, na assinatura da actuação.
Vitor Ribeiro parece-nos estar a acusar o menor ritmo de corridas que tem tido em 2009, no entanto tem duas lides quase de treino, ante o melhor lote da tarde. O primeiro, andarilho e sem chama não emprestou emoção, veio a menos e com ele o ambiente da lide, séria, de muita brega e preparação das sortes, que resultaram sempre frontais mas pouco impactantes. O seu segundo de maior nota, ajudou mais e Ribeiro, conseguiu então deixar alguns curtos com a sua marca característica, de frente, em quarteios cingidos e de alto a baixo com garra. Actuação positiva.
Ana Batista viu-se e desejou-se para despachar a ferragem no solene manso sem lide encostado a tábuas, que lhe saiu por diante no lote. O seu segundo foi de muita nobreza e picante, ajudava ao ferro pela forma como investida e transmitia nas reuniões, depois de lhe encontrar a distancia, deixou ferragem de bom nível e com correcção rematada com bonitos adornos, terminando em bom plano a sua passagem por Vidigueira.
No que toca á forcadagem, os grupos tiveram uma noite de saldo positivo, que decorreu em clima de saudável competição e entrega.
Por S. Manços, Manuel Vieira à segunda (na primeira faltou maior coesão nas ajudas) e Joaquim Branco à primeira (embora reunião não tenha sido perfeita emendou-se depois).
Por Cuba, Valter Guerreiro à primeira (embora não tenha mandado na reunião o que levou a que resultasse descomposta e dando a sensação que teria saído da cara do toiro na pega, o que não aconteceu). Célio Santos à segunda (desequilibrou-se na cara do tiro na primeira) perfeito a mandar na saida e reunião, fechou-se com decisão numa pega emotiva que ganhou o prémio Antonio Maltez em disputa para “a melhor pega”, algo que persiste em vez de serem para a melhor actuação de grupo.
Os Amadores de Beja tiveram a fava do sorteio no seu primeiro, um toiro reservado que era tardo na saída e pedia muitas contas, mas sobretudo um forcado que se dobrasse com ele e fosse rápido a fechar-se, o encarregado de o fazer, Olavo Baião, nunca o conseguiu e só consumou à quarta já com ajudas carregadas.Dentro do tal clima competitivo, João Fialho deu vantagens ao último da noite, que saiu com muita pata e poder, aguentou-o e tentou fechar-se com abnegada ajuda de Jeremias Lencastre, acabaram lesionados e recolhidos á enfermaria, o ajuda na primeira e o cara na segunda tentativa. Resolveu Mauro Lança à terceira, sua primeira, com muita alma e querer e ajuda em cima do Grupo.
Apenas uma nota para algo persiste na mais pura e incrível apatia de todos, dos principais lesados inclusive. Por incrível que possa parecer, continuam a ocorrer lesões com bandarilhas nos forcados. Mais uma, felizmente sem gravidade de maior, nesta corrida. Mas o que será preciso fazer para que se minimize substancialmente este mal, quando já existem bandarilhas “à espanhola”?
Alguém sabe esclarecer porque é que não se usam sempre e em definitivo?
Quem não as quer? Os toureiros (alguns, porque existem os que não abdicam delas)? Os ganaderos? As empresas? Os forcados? Ou pura e simplesmente assobia-se para lado porque é um problema dos forcados? Srs. Cabos, todos, não estaria na altura de “por os pés á parede” e tomar medida de força, sem bandarilhas dessas não há pegas e ponto final?
Que tenha presenciado, em menos de dois meses, já vi dois forcados furados. Para além dos exemplos de lesões sérias, com incapacidades permanentes e até mortes, causadas pelas bandarilhas, que toda a gente lamenta quando acontecem, mas que ninguém se mobiliza para evitar ou minimizar.....mesmo assim, tudo na mesma...porquê? Custa a entender?
Dirigiu acertadamente o Sr. José Bartissol com auxilio do Dr. João Infante.
Os novilhos/toiros de S. Martinho estavam irrepreensivelmente bem apresentados, muito acima do que se vê sair em praças mais importantes em muitos espectáculos. Deram jogo desigual, foram cómodos os dois primeiros, mansos de solenidade os terceiro e quarto, voluntarioso o quinto e muito codicioso e encastado o último.
Antonio Telles teve uma tarde no seu timbre clássico e de toureiro. Tocou-lhe um primeiro cómodo ao qual deu lide apropriada, muito ligado a ele, entendeu-o na perfeição e deixou ferragem correcta em bom plano. O seu segundo, manso a procurar tábuas, exigiu oficio para a colocação da ferragem, muito labor de brega a tentar contrariar o oponente e para deixar a ferragem de forma aceitável, conseguiu lide importante, embora sem a espectacularidade que o publico mais valoriza, mas em que o oficio e a raça do da Torrinha ficaram bem patentes, sobretudo no magnifico sesgo com que entrou toiro dentro e disse ao S. Martinho que tinha ganho a luta, na assinatura da actuação.
Vitor Ribeiro parece-nos estar a acusar o menor ritmo de corridas que tem tido em 2009, no entanto tem duas lides quase de treino, ante o melhor lote da tarde. O primeiro, andarilho e sem chama não emprestou emoção, veio a menos e com ele o ambiente da lide, séria, de muita brega e preparação das sortes, que resultaram sempre frontais mas pouco impactantes. O seu segundo de maior nota, ajudou mais e Ribeiro, conseguiu então deixar alguns curtos com a sua marca característica, de frente, em quarteios cingidos e de alto a baixo com garra. Actuação positiva.
Ana Batista viu-se e desejou-se para despachar a ferragem no solene manso sem lide encostado a tábuas, que lhe saiu por diante no lote. O seu segundo foi de muita nobreza e picante, ajudava ao ferro pela forma como investida e transmitia nas reuniões, depois de lhe encontrar a distancia, deixou ferragem de bom nível e com correcção rematada com bonitos adornos, terminando em bom plano a sua passagem por Vidigueira.
No que toca á forcadagem, os grupos tiveram uma noite de saldo positivo, que decorreu em clima de saudável competição e entrega.
Por S. Manços, Manuel Vieira à segunda (na primeira faltou maior coesão nas ajudas) e Joaquim Branco à primeira (embora reunião não tenha sido perfeita emendou-se depois).
Por Cuba, Valter Guerreiro à primeira (embora não tenha mandado na reunião o que levou a que resultasse descomposta e dando a sensação que teria saído da cara do toiro na pega, o que não aconteceu). Célio Santos à segunda (desequilibrou-se na cara do tiro na primeira) perfeito a mandar na saida e reunião, fechou-se com decisão numa pega emotiva que ganhou o prémio Antonio Maltez em disputa para “a melhor pega”, algo que persiste em vez de serem para a melhor actuação de grupo.
Os Amadores de Beja tiveram a fava do sorteio no seu primeiro, um toiro reservado que era tardo na saída e pedia muitas contas, mas sobretudo um forcado que se dobrasse com ele e fosse rápido a fechar-se, o encarregado de o fazer, Olavo Baião, nunca o conseguiu e só consumou à quarta já com ajudas carregadas.Dentro do tal clima competitivo, João Fialho deu vantagens ao último da noite, que saiu com muita pata e poder, aguentou-o e tentou fechar-se com abnegada ajuda de Jeremias Lencastre, acabaram lesionados e recolhidos á enfermaria, o ajuda na primeira e o cara na segunda tentativa. Resolveu Mauro Lança à terceira, sua primeira, com muita alma e querer e ajuda em cima do Grupo.
Apenas uma nota para algo persiste na mais pura e incrível apatia de todos, dos principais lesados inclusive. Por incrível que possa parecer, continuam a ocorrer lesões com bandarilhas nos forcados. Mais uma, felizmente sem gravidade de maior, nesta corrida. Mas o que será preciso fazer para que se minimize substancialmente este mal, quando já existem bandarilhas “à espanhola”?
Alguém sabe esclarecer porque é que não se usam sempre e em definitivo?
Quem não as quer? Os toureiros (alguns, porque existem os que não abdicam delas)? Os ganaderos? As empresas? Os forcados? Ou pura e simplesmente assobia-se para lado porque é um problema dos forcados? Srs. Cabos, todos, não estaria na altura de “por os pés á parede” e tomar medida de força, sem bandarilhas dessas não há pegas e ponto final?
Que tenha presenciado, em menos de dois meses, já vi dois forcados furados. Para além dos exemplos de lesões sérias, com incapacidades permanentes e até mortes, causadas pelas bandarilhas, que toda a gente lamenta quando acontecem, mas que ninguém se mobiliza para evitar ou minimizar.....mesmo assim, tudo na mesma...porquê? Custa a entender?
Dirigiu acertadamente o Sr. José Bartissol com auxilio do Dr. João Infante.
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