terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tito e Amadores de Beja, salvam a noite na Messejana


Cumpriu-se mais um 15 de Agosto em Messejana. Uma dos compromissos mais pitorescos e castiços da festa brava nacional….todos se lembram do 15 de Agosto em Reguengos, nas Caldas e na Messejana.
Como habitualmente, Praça Cheia, para assistir a uma corrida que se viu prejudicada pela confrangedora falta de mobilidade, fiereza e pouca capacidade física de cinco dos sete toiros que saíram à Praça, com ferro e divisa de Pinto Barreiros. A empresa escolheu e pelo que se viu, um curro de uma ganadaria de referência muito bem apresentado. Quando assim é nada a apontar a quem os criou e os escolheu, contrariamente ao que se comentava, com algum “calor”, no final do espectáculo, como que a culpabilizar a organização e ganadero, pelo comportamento das reses.
Certo é que, o sobrero e o toiro mais pequeno (bem mais), foram os que mais andaram e mais ajudaram ao espectáculo. Os restantes, pouco andamento, falta de impetuo nas investidas e som nas reuniões, evidenciaram apatia na presença em Praça, tendo inclusivamente o segundo da ordem sido devolvido, por manifesta descoordenação motora. È certo que quase 40 º de temperatura durante a tarde e a viagem e espera sob altas temperaturas, tem forçosamente de fazer “mossa” nos toiros, mas….O sobrero era o maior e andou pelo seu caminho e deu jogo…. Enfim, não somos veterinários para poder encontrar justificação mais lógica, ou outra, se a houver…..
Joaquim Bastinhas em ritmo de tournée de Verão, passou pela Messejana sem acrescentar nada ao espectáculo, andou desembaraçado perante as condições dos oponentes, deixou o par de bandarilhas e deu voltas.
Tito Semedo foi o triunfador indiscutível com o sobrero. Investia á medida e emprestava emoção ás sortes e Tito entendeu-o na perfeição. Moralizado e em bom momento, até os quiebros saíram de impacto e os curtos de final correctíssimos e a chegarem á bancada, que pediu mais um ferro, bem o cavaleiro não acedeu. No seu segundo, mais avisado e adiantar-se, andou com oficio e sem grande impacto na bancada, deu lide de habilidade para deixar a ferragem sem percalços.
Marcos Tenório, parece começar a entrar no “comercial”, numa temporada de grandes êxitos e conforme as regras, apareceu nas ultimas actuações a querer chegar mais ás bancadas desde cedo, o que por vezes leva a que as fases iniciais das lides sejam pontuadas por velocidade a mais. Provocou alvoroço no tendido no seu segundo em especial nos adornos a rodar com a mão na cara do toiro, com este subjugado. Deu duas voltas, fruto do entusiasmo popular.
Na forcadagem o triunfo maior vai para os Amadores de Beja. Passo a passo e com muitas opções para encontrar soluções, os comandados de Manuel Almodôvar vão trilhando o seu caminho, mais ou menos incólumes. Ricardo Castilho segurou o segundo da função, para que ele não lhe caísse na reunião e Hugo Santana esteve extraordinário a aguentar a investida descomposta e a ensarilhar por cima, do penúltimo da corrida, recuou até encontrar o momento de lhe passar os braços e fechar-se com decisão, na cara de um manso que exigiu sangue frio e discernimento para o pegar. Ambas as pegas á primeira tentativa, sendo que Santana deveria ter dado a segunda volta á praça…Não são só as pegas espectaculares que tem mérito e valor para tal…mas é o público que temos um pouco por todo o lado, ainda mais nesta época do ano.
Também á primeira e bem Bruno Cantinho, dos Amadores de Cascais, que viram João Bolinhas não mandar no seu segundo e mais pequeno, e só consumar á 5ª, já a resolver.
David Barradas recebeu mal o seu toiro e emendou-se à segunda e Jorge Dias só á sexta tentativa conseguiu consumar pega, a um toiro que não andava, nem batia a partir da segunda tentativa, limitava-se a por e tirar a cara, por baixo e parado no sitio da reunião. Faltou decisão e mais raça aos Académicos de Elvas.
Dirigiu o Sr. Francisco Farinha, acessorado pelo Dr. Matias Guilherme. Embolação dos Irmãos Pinheiro

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