domingo, 16 de agosto de 2009

Parabéns Luis Cruz


Casa cheia em Cabeça Gorda na homenagem ao cavaleiro Luis Cruz na celebração do seu 20º. Aniversário de alternativa e integrada nas Festas anuais em Honra de S. Luis. Justiça feita à comissão de festas e junta de freguesia em não ter pejo em assumir, publicamente e na comunicação social, ser a corrida o ponto alto das mesmas. O nosso....Olé!
Público entusiasta, disposto a divertir-se e a exigir de todos o maior empenho e profissionalismo. Os artistas sentiram isso mesmo, e sobretudo a amizade pelo amigo e o respeito pelo toureiro. Constantemente brindado por todos, atrevemo-nos a dizer que teve uma festa mais bonita e de um carinho e entusiasmo das suas gentes maior do que se previa. Não faz mal, bem pelo contrário, acreditamos que a data de Agosto em Cabeça Gorda pelas suas festas de S. Luis poderá ter ganho consistência para o futuro, data essa que as sucessivas empresas gestoras das temporadas da Varela Crujo deixaram cair e não reavivaram no seu calendário.
O curro de Condessa Sobral, muito no tipo Torrestrella, estava rematado, deu bom jogo na generalidade, sendo mais mansos os dois últimos.
O destaque maior vai para o homenageado. Luis Cruz nem pareceu que estava arredado das arenas há mais de 15 anos, andou desembaraçado, assumindo ele o domínio da situação, com critério e conhecimento, lidou e deixou ferragem no estilo antigo que sempre o caracterizou e que hoje quase não se vê. Com mando e sentido de lide, triunfou com força e por momentos deixou a todos a sensação de que estava a desfrutar o momento como ninguém, sempre dentro da maior sobriedade. Sem qualquer tipo de demagogia ou polimento de circunstancia, não hesitamos em classificá-lo como o triunfador da noite.
Joaquim Bastinhas mostrou na sua actuação, sem comprometer, mas conforme as regras. Deixou a ferragem de forma artística e correcta, com o condão de aquecer o ambiente logo no primeiro toiro.
Tito Semedo teve uma actuação claramente de montanha russa, dois compridos magníficos e com poder, sem duvida dos melhores que temos visto, puseram a fasquia alta, o primeiro curto a quiebro com vantagem ao toiro, arrebatou o publico, só que o Sobral depois não quis mais quiebros em mais duas sortes, a lide arrefeceu e foi preciso o “Descarado” para a trazer de novo para cima e fechar em plano de importância.
Marcos Bastinhas, raça, domínio dos tempos da lide, aproveitou o Condessa, deu-lhe a lide que trazia, com sobriedade de frente e colocação em bom plano, embora com um outro ferro pescado. Chegou ao conclave depois de receber e para o toiro com grande domínio, asseado nos curtos, terminou com duas rosas de grande impacto.
Para Joana Andrade a noite foi aziaga. Tocou-lhe a fava, um manso perigoso que investia com muitos pés e a querer colher quando via que o podia fazer. As montadas não lhe conseguiam ganhar o píton e ajudar a toureira na colocação. Teve sempre o carinho do publico e dois fortes encontrões, com rotura de ligamentos no tornozelo e assistência no Hospital são o recuerdo da noite de Joana. O caminho continua, melhores montadas é o que falta, porque querer e raça há de sobra.
Tomás Pinto, “tem pinta“ de toureiro velho, irrepreensível a cavalo, raramente pôs a s duas mãos nas rédeas, bregou muito, porfiou até encontrar a forma de enganar o manso que lhe tocou e pouco o ajudava, se não fosse o ultimo ferro a mais e pontuado por forte encontrão, diríamos que tinha sido de êxito a noite. Muito importante foi com toda a certeza. Apostamos nele!
No capitulo das pegas o que começou como noite de “rodagem” para os mais novos terminou com os mais rodados a puxarem dos galões.
Não que os toiros fossem muito duros, mas empregavam-se e pediam muitas contas a todos, não eram propriamente para juvenis, apesar dos três anos. Estiveram bem os dois Grupos, apenas duas notas adicionais: uma para a seriedade do Grupo do Pinhal Novo, ao repetir uma pega em que o forcado de cara não estava fechado na córnea do mesmo (mesmo sem que o público tivesse exigido, não tendo o forcado de cara e muito bem dado volta, foi no quarto da ordem por Rui Pragana, à terceira tentativa). Outra nota, mais uma e nada se faz, aqui vamos alertando (esperamos não ter de lamentar algo mais grave por este assunto), mais dois forcados feridos por bandarilhas, e vão quatro em apenas um mês e apenas dos vistos por nós.
Não nos calaremos e oxalá não venham um dia mais tarde lamentar, enviar mensagens de apoio aos forcados e aos grupos, aqui d’el rei dirão outros já se devia ter feito, etc... Sem bandarilhas com sistema de protecção/minimização de risco não há pegas e ponto final. Srs. Cabos (TODOS).....
Pelos Académicos de Elvas, Diogo Fernandes à 2ª, Pedro Pimenta à 1ª e Roberto Ameixa à 1ª.
Pelo GFA Pinhal Novo, Igor Varela 1ª, o já referido Rui Pragana e o cabo Sandro Patraquim à 2ª, já com o toiro desembolado depois de derrotar em tábuas.
Dirigiu o Sr. Ricardo Pereira, com sobriedade e sem problemas de maior

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